O espírito das plantas
O Espírito das plantas vem a mim
Na forma de uma verde donzela que dança
Os seus olhos me enchem de paz, sua dança me enche de encanto
O Espírito das plantas vem à mim
E me abençoa com sua grande paz
Kali Devi
Kali Devi é conhecida como uma encarnação de Parvati. Ela tomou esta forma para destruir o demônio Taktabija, cujo nome significa: “a semente do sangue”. Ninguém podia matar Raktabija, porque ele tinha recebido uma bênção dos Brahmanas que iria reencarnar mil vezes mais forte quantas gotas de sangue lhe fossem tiradas. Resultado disso, é que cada gota de sangue que dele saia brotava do solo como um outro mais poderoso Raktabija. Todos os semideuses foram a te o Senhor Siva pedir ajuda, mas Ele estava muito ocupado
O CORVO E O VASO
Calisto
Calisto, na mitologia grega, teria sido uma bela jovem, que deu origem à constelação da Ursa Maior.
Mito: Calisto provocava ciúme em Hera, pois sua beleza cativara seu marido, Zeus.
Hera então castigou-a transformando-a num urso.
Calisto, no entanto, tentava ao máximo lutar contra seu destino mantendo-se o mais ereta possível,
tentando assim conquistar a piedade dos deuses.
Mas a indiferença de Zeus a fazia crer ser este deus cruel, apesar de nada poder dizer,
pois agora só sabia rugir.
Sua vida agora era de medo.
Tinha medo dos caçadores que rodeavam sua antiga casa, pois tinha sido ela também uma caçadora.
Temia as noites que passava sozinha.
Temia as feras, mesmo que agora ela mesma fosse uma.
Um dia, no entanto, em uma de suas caminhadas pelo bosque,
reconheceu seu filho, Arcas, agora um homem, um caçador.
Calisto, mesmo assim, quis abraçá-lo e, ao aproximar-se,
provocou o medo do filho que lhe ergueu a lança e,
quando estava para deferir o golpe, Zeus, compadecido com o trágico acontecimento que estava por vir,
afastou os dois colocando-os no céu.
Calisto transformou-se na Ursa Maior e Arcas em Arctofilax, a Ursa Menor, o guardião da ursa.
Há entre os índios a lenda do Jaguarari, índio forte e guerreiro da tribo Tuxaua que apaixonou-se pela Iara. Na tribo não havia ninguém mais forte e de bom coração do que Jaguarari. Todos o admiravam, tanto os homens, quanto as mulheres. Até que um dia, quando Jaguarari saiu em sua igara para pescar avistou uma bela morena nua a se banhar e cantar na margem do rio, na sombra de um Tarumã. Jaguarari ficou paralisado e de pronto se apaixonou.
Desde então, saia para caçar ou pescar, mas sua única intenção era mesmo encontrar a Iara. Voltava tarde da noite da pescaria sempre triste. Nem parecia mais o belo índio de antes de visão. Sua mãe perguntava, o pai aconselhava, mas nada de Jaguarari voltar a ser como era antes.
Até que um dia, de tanto a mãe insistir em saber o motivo de sua tristeza, Jaguarari confessou estar apaixonado pela visão que tivera aos pés do Tarumã. Disse que à noite quando tentava dormir, a única coisa que ouvia era o inebriante canto da Iara.
Ao ouvir a revelação, a mãe desesperou-se! Jogou-se aos pés do filho e pediu-lhe chorando que nunca mais voltasse lá.
Mas a promessa nunca pôde ser cumprida, pois Jaguarari já estava enfeitiçado. Numa noite de luar, ela cantou tão forte que o belo índio levantou-se e correu para a margem do rio. As águas então se abriram e desde então Jaguarari desapareceu
A Ninfa Eco
Segundo Ovídio, Zeus havia usado do dom da fala de Eco para distrair a esposa, a fim de continuar seu adultério.
Hera logo descobriu o ardil e condenou-a a para sempre repetir
apenas as últimas palavras das frases que os outros diziam (ecolalia).
A ninfa perdia assim seu mais precioso dom, aquilo que mais amava.
Eco e Narciso, por Waterhouse Enquanto vagava em seu sofrimento,
noutra parte havia um homem chamado Narciso.
Era ele tão belo que mulheres e homens ao verem-no logo se apaixonavam.
Mas Narciso, que parecia não ter coração, não correspondia a ninguém.
Certo dia, vagando Eco pelos bosques,
encontrou o belo mancebo por quem, clarou, caiu de amores.
Como não podia falar-lhe, limitou-se a segui-lo, sem ser vista.
O jovem, porém, estando perdido no caminho, perguntou:
"Tem alguém aqui?"
Ao que obteve apenas a resposta: "Aqui, aqui, aqui...".
Narciso intimou a quem respondia para sair do esconderijo.
Eco apareceu-lhe e, como não podia falar,
usou as mãos para em gestos dizer do grande amor que lhe devotava.
Narciso, chateado com a quantidade de pessoas a amarem-no, rejeitou também à bela ninfa.
A pobre Eco, tomada de desgosto, rezou para que Afrodite lhe tirasse a vida.
A deusa, entretanto, tanto gostou daquela voz, que deixou-a viver.
Segundo Ovídio narra, um rapaz apaixonou-se depois por Narciso e,
desprezado, orou aos deuses por vingança, sendo atendido por Nêmesis
- a deusa que arruina os orgulhosos -
que decidiu fazer com que o belo moço sofresse daquele mesmo desprezo
com que aos outros tratava: f
ê-lo cair de amores por seu próprio reflexo.
Sem poder jamais ser correspondido pela imagem, morre de desgosto,
indo para o País de Hades, a terra dos criminosos,
onde passa a eternidade atormentado pela visão do próprio reflexo nas águas do rio Estige.
Segundo outras fontes,
Eco era uma ninfa que tinha maravilhosos dons de canto e dança,
que desprezava os amores de qualquer homem.
O deus Pan dela se enamora, mas obtém-lhe apenas o desdém.
Tolhido em sua lascívia, Pan se enfurece, ordenando aos seus seguidores que a matem.
Eco foi então estripada, e seus pedaços espalhados por toda a Terra.
A deusa da Terra, Gaia, incorporou os pedaços da ninfa,
com os restos de sua voz, que repetem as últimas palavras que os outros dizem.
Nalgumas variantes dessa versão, Eco e Pan chegaram a ter um filho, chamado Iambe
Conta a lenda que Seth com inveja de Osiris, por este ter herdado o reino do pai na terra, engendrou um plano para matá-lo e assim usurpar o poder. Quando Osiris dormia, Seth tirou suas medidas e ajudado por 72 conspiradores, mandou construir um esquife com as medidas exatas de Osiris.
Organizou um banquete e lançou um desafio, aquele que coubesse no esquife o ganharia de presente. Todos os deuses entraram e não se ajustaram.
Assim que Osiris entrou no esquife, Seth o trancou e mandou jogá-lo no rio, a correnteza o levou até a Fenícia. Ali ficou preso em uma planta até fazer parte do caule, que foi usado para construir uma coluna o "Djed".
Isis partiu em busca do esposo, e após muitas aventuras, conseguiu regressar ao Egito com a caixa, que escondeu em uma plantação de papiro. Seth a descobriu e cortou o corpo de Osiris em quatorze pedaços, que espalhou pelo Egito.
Novamente Isis parte em busca dos despojos do esposo e dessa vez ajudada pela irmã Néftis, transformadas em milhafres (espécie de ave de rapina, semelhante ao abutre), encontram todas as partes de Osiris, exceto o órgão genital, que havia sido devorada por um peixe o Oxirincos.
Isis foi ajudada por Anubis que embalsamou Osiris, e este tornou-se a primeira múmia do Egito. Utilizando seus poderes mágicos, Isis, conseguiu que Osiris a fecundasse e dessa união nasceu Horus.
Seth iniciou uma luta pelo poder que envolveu todos os deuses. Por fim o próprio Osiris a partir do outro mundo, ameaçou mandar levantar todos os mortos se não fosse feita a justiça.
Rá e um tribunal de deuses estabeleceram que a sucessão fosse hereditária, e assim, Hórus pôde reinar.
Dessa maneira o Faraó em vida convertia-se em Hórus e ao morrer identificava-se com Osiris, o soberano do Além, considerando-se igual ao deus.
Em uma aldeia de Chiricahua, reinava a paz e a harmonia. Ali os índios viviam em perfeita união. Trabalhavam, plantavam, pescavam e tudo para eles era motivo de festa; seguiam a risco às suas leis.
Suas índias quando nasciam já eram prometidas ao filho mais velho de cada chefe de família. E assim, quando cresciam sua sorte já estava traçada e nada poderiam fazer. Cresciam com naturalidade e casavam-se muito cedo, aos 15 anos.
Em uma manhã ensolarada, céu de nuvens muito azuis, nasceu Janaína; Uma linda indiazinha. Para ela seu destino estava traçado, teria que se casar com Ubiraci o filho mais velho do pajé.
Janaína foi crescendo juntamente com um menino de sua idade. Eles eram inseparáveis, sempre juntos a brincar. O nome dele era Jaci, um indiozinho bastante esperto e valente.
Passados alguns anos...
Pela manhã, logo cedinho, Janaína ouviu chamar seu nome:
_ Janaína, Janaína, venha!
Janaína saiu de sua tenda e encontrou Jaci a sua porta, todo alegre e sorridente!
_ O que foi Jaci? Por que toda esta alegria?
_ Venha, Janaína! Quero mostrar-lhe algo!
_ O que é? Diga-me logo?
_ Não, venha, ver! Esperei muito por este momento!
SAÍRAM ENTÃO OS DOIS CORRENDO E FORAM ATÉ ÁS MARGENS DE UM LAGO.
_ Vamos logo com isto, diga-me por que me trouxe aqui?
Jaci, com os olhos cheios de ternura, a pegou em sua mão, levou-a até uma bela árvore e lá estava, o seu tesouro!
Ali crescia com uma cor magnífica um lindo pé de Manacá!
_ Janaína, aqui está o meu tesouro!
_ Plantei para você e cuidei dela até que ela se tornasse uma árvore, tão formosa como você.
_ Hoje, ela floriu e está toda perfumada!
_ Respira fundo! Sinta o seu perfume!
_ Que linda! Obrigada, Jaci! Por que me fizeste segredo, nunca me contou sobre ela?
_ Porque queria lhe fazer uma surpresa e jurei a mim mesmo que quando ela florescesse, eu abriria meu coração a você.
_ O que você quer dizer com isto, Jaci?
_ Janaína, estamos já nos tornando um homem e uma mulher e todos estes anos, sentia crescer em mim um amor muito grande, um amor infinito. Não a via como uma irmã, eu a via como esta linda flor de manacá em meu coração.
Assustada, Janaína escondeu o seu rosto com suas mãos e começou a chorar. Jaci ficou surpreso, não esperava por esta reação.
_ O que foi Janaína, você não gostou? O que fiz de errado, diga-me, por que choras assim? Eu a magoei?
Janaína entre soluços e com seus olhos encharcados de lágrimas respondeu:
_ Não Jaci, não é isto! Você não me magoou e sim me fez muito feliz. Meu coração também se enche de alegria por você. Não o vejo como meu amigo e sim como o homem que dei o meu coração, mas tudo isto é uma loucura, não podemos, você se esqueceu do Ubiraci que sou sua prometida!
_ Não, não me esqueci! Todos estes anos venho sofrendo, coração torturado, com medo de que você não correspondesse ao meu amor e se casasse com Ubiraci.
_ Como o odeio!
_ Não fale assim Jaci, Ubiraci também não tem culpa. Nossos pais assim o quiseram e são assim as nossas leis.
Jaci então, tomou-a em seus braços e com um longo e apaixonado beijo se uniram. Seus corpos se entrelaçaram e na relva verde e sombria se deitaram.
Quando deram por si, a noite já havia caído e Janaína em desespero pôs-se a correr.
Jaci a seguiu até a aldeia.
Passado-se alguns dias comemorava-se o aniversário de Janaína, os seus 15 anos.
Ubiraci todo garboso esperava por sua prometida. Quantos anos de espera!
A aldeia estava
Janaína já vestida conforme a tradição encontrava-se com o coração aflito e com seus olhos marejados de lágrimas.
Jaci a contemplava com o coração
O Pajé fez um sinal com a mão. E todos se calaram.
É chegado o momento tão esperado.
Ubiraci postou-se ao lado de seu pai e procurou com os olhos a sua amada.
"Onde estaria ela? Por que não estava no lugar que deveria estar"? Começou então a procura de Janaína. Não encontrou-a em nenhum lugar da aldeia.
Jaci havia desaparecido também. Passaram à noite toda a procura dos dois.
_Oh! Meu amigo! Que tristeza! Perdi o meu amor para sempre!
Janaína, Jaci e seu Manacá estavam paralisados. Seus corpos estavam sem vida, como também aquela bela árvore. Haviam virado estátuas.
Tupi muito assustado com o que via disse:
_ Ubiraci, o que está acontecendo?
Ubiraci com lágrimas nos olhos e engasgado pela emoção, não pode responder.
E lá, bem no alto, no meio das nuvens, num céu muito azul, dois anjos felizes volavam, volavam e estavam tão enamorados que não perceberam que estavam voando e que haviam virado serafins. Eram Janaína e Jaci.
As fadas Cairé(lua cheia)e Catiti(lua nova), as deusas indígenas do amor, com suas varinhas mágicas, transformaram os seus corpos em estátuas e suas almas em anjos, tudo em nome do amor, para que eles pudessem vivê-lo em paz.
Assim Janaína e Jaci foram felizes e de uma lágrima que caiu dos olhos de Janaína, nasceu um outro lindo pé de Manacá!
Conta a lenda que uma bela índia chamada Naiá apaixonou-se por Jaci (a Lua), que brilhava no céu a iluminar as noites. Nos contos dos pajés e caciques, Jaci de quando em quando descia à Terra para buscar alguma virgem e transformá-la em estrela do céu para lhe fazer companhia. Naiá, ouvindo aquilo, quis também virar estrela para brilhar ao lado de Jaci.
Durante o dia, bravos guerreiros tentavam cortejar Naiá, mas era tudo em vão, pois ela recusava todos os convites de casamento. E mal podia esperar a noite chegar quando saia para admirar Jaci, que parecia ignorar a pobre Naiá. Esperava sua subida e descida no horizonte e já quase de manhãzinha saia correndo em sentido oposto ao Sol para tentar alcançar a Lua. Corria e corria até cair de cansaço no meio da mata. Noite após noite, a tentativa de Naiá se repetia. Até que adoeceu. De tanto ser ignorada por Jaci, a moça começou a definhar.
Mesmo doente, não havia uma noite que não fugisse para ir em busca da Lua. Numa dessas vezes, a índia caiu cansada à beira de um igarapé. Quando acordou, teve um susto e quase não acreditou: o reflexo da Lua nas águas claras do igarapé a fizeram exultar de felicidade! Finalmente estava ali, bem próxima de suas mãos. Naiá não teve dúvidas: mergulhou nas águas profundas, mas acabou se afogando.
Jaci, vendo o sacrifício da índia, resolveu transformá-la numa estrela incomum. O destino de Naiá não estava no céu, mas nas águas a refletir o clarão do luar. Naiá virou a Vitória Régia, a grande flor amazônica de águas calmas que só abre suas pétalas ao luar.
Enquanto seu navio corta as águas, Héracles apoia-se em sua clava e pensa no trabalho que tem diante de si: levar a Micenas o magnífico cinturão de Hipólita, rainha das amazonas.
A Lenda do Monge e do Escorpião
"Monge e discípulos iam por um estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas.
O monge correu pela margem do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora, o bichinho o picou e, devido a dor, o homem deixou-o cair novamente no rio. Foi então à margem tomou um ramo de árvore, adiantou-se outra vez a correr pela margem, entrou no rio, colheu o escorpião e o salvou.
Voltou o monge e juntou-se aos discípulos na estrada.
Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados.
- Mestre deve estar doendo muito! Porque foi salvar esse bicho ruim e venenoso? que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda! Picou a mão que o salvara! Não merecia sua compaixão!
O monge ouviu tranqüilamente os comentários e respondeu:
- "Ele agiu conforme sua natureza, e eu de acordo com a minha."
Parvati é uma divindade largamente idolatrada pelos hindus. É conhecida como cônjuge de ShivaGanesha. Por este motivo, aqui explicamos seu aparecimento e sua interação com eles. e mãe de
Parvati é uma das formas da deusa Shakti, especialmente criada para seduzir Shiva.
Profundamente triste com a morte do primeiro amor de Shiva (Sati), ele se isolou em uma caverna escura no Himalaia.
Enquanto isso, os demônios liderados por Taraka, vieram e expulsaram os deuses para fora do paraíso. Os deuses precisavam de um guerreiro que pudesse ajudá-los a restaurar a ordem celestial.
"Apenas Shiva pode lutar como um guerreiro" disse Brahma.
Mas Shiva, imerso na meditação, estava alheio aos problemas dos deuses. Sua meditação produziu grande força e energia. Sua mente estava cheia de bons conhecimentos e seu corpo tornou-se resplandecente de energia. Mas todo seu conhecimento e energia, dentro de seu ser, não podia ser usado para ninguém.
Os deuses invocaram à deusa mãe, Shakti, para que encontrasse uma forma de contornar a situação.
"Eu vou me enroscar ao redor de Shiva, e absorver seu conhecimento e energia para o bem do mundo e farei dele o pai de uma criança." disse Shakti.
Shakti então encarnou como Parvati, determinada a retirar Shiva de dentro de sua caverna e fazer dele seu cônjuge.
Todos os dias Parvati visitou a caverna de Shiva, limpou o chão, decorou-a com flores e ofereceu a ele frutas, esperando ganhar dele o amor.
Mas Shiva nunca abriu seus olhos. Exausta, a deusa invocou Priti e Rati, deusas do amor e da longevidade.
Essas deusas entraram na caverna de Shiva e a transformaram em um belo jardim cheio da fragrância de flores e com o som de abelhas.
Guiada por Priti e Rati, Kama, o deus do desejo, assoprou e atirou flexas de desejo no coração de Shiva.
Shiva ficou furoso. Ele abriu seu terceiro olho e liberou chamas de fúria que engoliram Kama e reduziram seu belo corpo a cinzas.
A morte de Kama alarmou os deuses. "Sem a deusa do desejo, o homem não poderá abraçar a mulher e a vida cessará."
"Eu devo encontrar outra forma de atingir o coração de Shiva. Quando Shiva se tornar meu cônjuge, Kama renascerá." disse Parvati.
Parvati entrou na floresta e executou rigorosos tapas, não se vestindo para proteger seu corpo do clima rigoroso, não comendo nada, nem mesmo uma folha. Ao executar esses rigorosos procedimentos, Parvati ganhou a admiração das entidades da floresta, que a nomearam Aparna.
Aparna tocou Shiva em sua capacidade de se excluir do mundo e dominar seus desejos físicos. A força de seus tapas acordaram Shiva de sua meditação. Ele caminhou para fora da caverna e aceitou Parvati como sua esposa.
Shiva casou-se com Parvati na presença dos deuses, seguindo os rituais sagrados. Depois, levou-a para o local mais alto do cosmos, o monte Kailasa, o pivô do universo. Eles então se tornaram um e Kama pôde renascer.
Parvati amoleceu o coração empedrado de Shiva com seu afeto. Juntos eles descobriram as alegrias da vida de casados. A deusa acordou Shiva para o mundo, despertando nele vários desejos. Em troca, ele revelou a ela os segredos dos Tantras e dos Vedas, que ele havia adquirido durante a meditação.
Inspirado na beleza de Parvati, Shiva tornou-se o fomentador das artes, da dança e do teatro.
Conforme o combinado com os deuses, Parvati deu a aura de Shiva para eles e disse: "Daqui vocês vão poder retirar o deus da guerra que vocês procuram."
Os deuses deram a aura de Shiva para Svaha, cônjuge de Agni, a deusa do fogo. Incapaz de conservar a força da aura por muito tempo, Svaha deu a aura para Ganga, a deusa do rio, que refrigerou-a em suas águas congelantes, até que a aura de Shiva se transformasse em uma semente.
Aranyani, a deusa da floresta, embebeu a semente divina no solo fértil da floresta, que cresceu e se transformou em uma criança robusta com seis cabeças e doze braços.
As seis ninfas da floresta, chamadas Krittikas, encontraram esta bela criança em uma lotus. Tomadas de afeição materna, começaram a cuidar da criança. O filho de seis cabeças de Shiva, nascido de várias mães, tornou-se conhecido como Kartikeya.
Parvati ensinou a Kartikeya a arte da guerra e transformou-o em um guerreiro celestial chamado Skanda. Skanda comandou os soldados celestiais, derrotou Taraka na batalha e restaurou o paraíso aos deuses.
Skanda, guardiã do paraíso, destruiu muitos demônios que se opuseram ao reinado dos deuses. Mas ele não conseguiu derrotar o demônio Raktabija. Jamais o sangue deste demônio tocou o chão, pois quando ele jorrava, tranformava-se em milhares de novos demônios. Ele parecia indestrutível.
Para ajudar seu filho em sua batalha para afugentar os três mundos do demônio, Parvati entrou no campo cósmico da batalha como a temida deusa Kali.
Kali sugou o sangue que jorrava do demônio com sua longa língua antes que o sangue pudesse se transformar em novos demônios. Raktabija, sem poder se reproduzir, foi perdendo sua força. Então Skanda foi capaz de derrotar Rajtabija e todas as duas replicações com facilidade.
Skanda agradeceu sua mãe por sua ajuda. Para celebrar sua vitória, Kali dançou muito no campo de batalha.
Intoxicada pelo sangue de Raktabija, Kali correu pelos três mundos, destruindo tudo e todos os que estavam em seu caminho.
Para acalmá-la, Shiva tomou a forma de um cadáver e bloqueou seu caminho. Como deusa, cega pelo sangue, ver o corpo de seu cônjuge sem vida foi um choque que tirou-a do êxtase. Ela caiu em si e quis saber se havia matado seu próprio marido. Ela pôs um pé em Shiva e o trouxe de volta à vida.
Shiva então tomou a forma de uma pequena criança e começou a chorar, trazendo o amor maternal para o coração de Kali. Isso forçou-a a mudar para sua próxima forma: Gauri, a mãe radiante, provedora da vida.
Gauri disse a Shiva que desejava ter uma criança. Mas Shiva não estava interessado em uma família. Ele se afastou dela e foi à floresta fazer tapas.
Determinada a ser uma mãe, Parvati decidiu criar um filho dela própria sem a ajuda de seu marido. Ela cobriu sua face com pasta de sândalo, retirou a pele morta, misturou-a e moldou-a em uma bela boneca, para a qual ela assoprou a vida.
Então ela ordenou ao seu filho recém criado, cujo nome é Ganesha, que vigiasse sua caverna e dela afastasse todos os estranhos.
Quando Shiva retornou para Kailas, Ganesha não o reconheceu e o impediu de entrar na caverna.
Irritado pela insolência da criança, Shiva pegou seu tridente e cortou sua cabeça.
Quanto Parvati viu o corpo de seu filho sem cabeça, ela chorou copiosamente. Para acalmar Parvati, Shiva ressucitou a criança, colocando uma cabeça de elefante no pescoço cortado. ShivaGanesha como o primeiro de seus filhos. também aceitou
Ganesha, que impediu Shiva de atravessar a porta de da caverna de sua mãe, tornou-se adorado como o removedor de obstáculos, o senhor dos inícios e o senhor do aprendizado.
Com Parvati de seu lado, Shiva tornou-se um homem de família. Mas ele não abandonou sua forma de heremita: ele continou a meditar e imergir
Parvati também se tornou Ambika, deusa da segurança de casa, do matrimônio, da maternidade e da família.
Noite escura e Lua clara
Atendam à runa das bruxas
Leste e Sul, Oeste e Norte
Ouçam! Venham! Eu vos Chamo!
Por todos os poderes da terra e do mar
Sejam obedientes a mim
Bastão e Pentáculo e Espada
Atendam às minhas palavras
Cordas e incenso, Açoite e faca
Despertem todos para a vida
Poderes da lâmina dos bruxos
Atendam ao chamado realizado
Rainha do paraíso, Rainha do inferno
Enviem o seu auxilio ao feitiço
Caçador Cornudo da noite
Realizem o meu desejo pela força do ritual mágico
Por todos os poderes da terra e do mar
Enquanto assim digo, “que assim seja”.
Por todo o poder a lua e do sol
Que o meu desejo assim seja realizado.
Ouça agora a palavra das bruxas
Os segredos que escondemos na noite
Quando a escuridão era o caminho do nosso destino
Que agora nós trazemos à luz
Misteriosos água e fogo
A terra e o ar que circunda a tudo
Pela quintessência oculta nós os conhecemos
E desejamos, mantemos o silêncio e ousamos
O nascimento e o renascimento de toda a natureza
A passagem do inverno e da primavera
Compartilhamos com a vida universal
Regozijando-se no anel mágico
Por quatro vezes ao ano o Grande Sabbat
Retorna e os bruxos são vistos
Nos Lammas e nos Candlemas dançando
No dia de maio e no antigo Halloween
Quando se igualam o dia e a noite
Quando o sol se encontra em seu ápice e seu ponto mais baixo
Encontram-se para os Sabbats menores
E mais uma vez os bruxos celebram em festa
Treze Luas de prata no ano
Assim como treze são os membros dos Covens
Treze vezes no Esbat com alegria
Para cada ano mais um dia
O poder foi passado através das eras
A cada vez entre a mulher e o homem
De um século a outro
Desde o começo dos tempos e das eras
Quando o círculo mágico é formado
Pela espada, athame ou poder
Seu centro reside entre os dois mundos
Na terra das sombras daquele momento
Este mundo não tem deste modo, o direito de conhecê-lo
E o mundo do além também nada dirá
E os mais antigos deuses são aqui invocados
E o grande trabalho de magia é realizado
Pois dois são os pilares místicos
Que ficam as portas dos templos
Assim como dois são os poderes da natureza
As formas e as forças divinas
A escuridão e a luz em sucessão
Os opostos um no outro
Apresentados como Deus e Deusa
Disto falavam os nossos ancestrais
Á noite ele é o cavaleiro do vento indomável
O chifrudo, o senhor das sombras
Durante o dia ele é o rei das florestas
O habitante das florestas verdejantes
Ela é jovem ou idosa, como lhe agradar
Ela navega por entre as nuvens em sua barca
A dama do brilho prateado da meia-noite
A anciã que tece encantamentos na escuridão
Senhor e Senhora da magia
Que habitam nas profundezas da mente
Imortais e sempre renovadas
Com o poder de libertar ou de prender
Então beba do vinho dos antigos deuses
E dance e ame em sua honra
Até que sejamos recebidos nas belas terras de Elphame
Em paz no final de nossos dias
E faça o que quiser, este será o desafio
Assim como no amor que a ninguém possa prejudicar
Pois esse é o único mandamento
Seguimos a fio, para que a magia dos antigos possa se manifestar
Oito palavras a doutrina das bruxas respeita:
Sem nenhum mal causar, faça o que você desejar!
Doreen Valiente - 1978
Sonho místico
Um sonho nebuloso numa noite terrena
Afeiçoado à lua crescente
Uma canção silenciosa numa luz eterna
Canta a chegada da alvorada
Pássaros em vôo estão chamando lá
Onde o coração move as pedras
Lá, onde meu coração anseia por você
Tudo pelo seu amor
Uma pintura em uma parede de hera
Aninhada no musgo verde-esmeralda
Os olhos declaram uma trégua de esperança
Então me afasta para longe
Onde oculto no deserto na hora do crepúsculo
A areia se derrete em piscinas do céu
A escuridão deita seu manto vermelho
Suas fontes de luz me chamarão para casa
E então é lá que minha homenagem é devida
Controlada pela quietude da noite
Agora eu sinto, sinto você se mover
E cada sopro é pleno
Assim está lá a dívida da minha homenagem
Controlado pela quietude da noite
Mesmo a distância parece tão próxima
Tudo pelo seu amor
Um sonho nebuloso em uma noite terrena
Afeiçoado à lua crescente
Uma canção silenciosa numa luz eterna
Canta na chegada da alvorada
Pássaros em vôo estão chamando lá
Onde o coração move as pedras
Lá onde meu coração anseia
Tudo pelo seu amor.