domingo, 2 de março de 2008


Urvasi e Pururavas
Certa feita existiu um rei que se chamava Pururavas. Ele era um rei muito virtuoso, e era muito bem conhecido por sua bondade e generosidade. Ele era, também, muito gracioso e muito respeitado por seu amor e bondade. Uma vez o rei encontrou uma Aspara no céu, chamada de Urvasi. Mitra e Varuna estavam desagradas com Urvasi, então ela deixou os céus, e desceu a Terra para morar como rei Pururavas.

Urvasi era muito linda, e encantadora; o rei tinha um profundo amor por ela. Da mesma maneira, a Apsara caiu de amor pelo rei, por ele ser o homem mais bravo e formoso do reino.

Certa feita Pururavas disse para Urvasi: “Leal donzela, eu a amo do fundo do meu coração, eu te imploro para me dares amor em retorno”. Urvasi enrubesceu, e olhou docemente para baixo em sinal de modéstia. Ela confessou que estava muito apaixonada pelo rei. Então ela prometeu casar-se com ele, se ele observasse duas condições. “Quais são estas condições?”, Perguntou ou rei Pururavas. “A primeira”, disse Urvasi, “meus carneiros deverão ficar comigo. Eu possuo dois deles, e os amo como se eles fossem meus próprios filhos. Eles deverão estar sempre próximo de mim, tanto de dia como de noite”.

O rei concordou com esta condição. “Minha segunda condição”, disse Urvasi, “é que nós devemos sempre nos despedir na escuridão da noite. Se eu vir você sem suas roupas do dia, o infortúnio irá seguir-se certamente”.

O rei concordou com esta segunda condição também. Então o rei e a Aspsara casaram-se, e viveram juntos em grande felicidade. Quanto mais um conhecia o outro, mais queridos se tornavam uns dos outros. Nesta felicidade maravilhosa, Urvasi esqueceu-se que não era uma mortal. Ela não tinha vontade de retornar aos céus, porque estava muito feliz vivendo uma vida na Terra.

Mas outras Apsaras e os cantores (Gandharvas) da corte de Indra sentiram a falta de Urvasi. Eles estavam entediados pela falta dela na corte do semideus Indra. Eles tinham conhecimento do acordo entre Urvasi e o rei Pururavas. Então eles elaboraram um plano para que o rei quebrasse o acordo, então Urvasi retornaria para os céus, e tomaria seu lugar na corte de Indra.

Eles enviaram, então, Viswavasu para levar o plano deles adiante. Ele chegou de noite no quarto de Pururavas e Urvasi, de forma secreta, e furtou um dos carneiros. Tão logo o Gandharva pegou o carneiro, ele baliu, e isso despertou Urvasi. “Quem está furtando meu filho?”, ela chorou, despertando. “Onde está meu marido; será que ele permitirá que meu carneiro seja furtado?”;

O rei ouviu os apelos de Urvasi chorando, mas não ousou sair de sua poltrona e perseguir o ladrão. Se Urvasi o visse, algum infortúnio deveria ocorrer por sobre ele. Mas a noite estava muito escura. Ele pensou, “Como ela poderá me ver”; “Não há nenhum vislumbre de luz”. Então o Gandharva furtou o segundo carneiro, e ele baliu alto pedindo ajuda. Então Urvasi gritou: “Que utilidade tem um marido para mim? Ele não me ajuda a quando meus carneiros estão sendo furtados!”

Então Pururavas pulou da sua poltrona, e pegou a sua espada, a começou a lutar com o ladrão, pedindo para ele parar, gritando em voz alta. Naquele momento, o Gandharva causou um flash rápido dentro do quarto, e tudo pareceu claro. Urvasi estava olhando na direção do rei, e ela o viu com suas roupas noturnas. O acordo havia sido quebrado, então Urvasi desapareceu.

O Gandharva largou os carneiros, mas estes também sumiram. Pururavas ficou sozinho no seu quarto, e a poltrona onde estava a sua esposa estava vazia.

O rei ficou muito infeliz. Onde teria ido Urvasi? Ele então deixou o seu palácio e vagueou pela face da Terra a procura de Urvasi. Ele estava sempre infeliz com a perda de Urvasi.

Nas suas caminhadas, o rei chegou a Kurukshetra, e então viu Urvasi. Ela estava brincando com outras Apsaras celestes no lago, maravilhosamente linda com lótus. Ele correu para ela chorando, “Urvasi, minha esposa, volte para este triste marido, retorne para Pururavas!”. Então Urvasi disse para o rei, “Não se aborreça mais, ó magnífico rei. Volte daqui a um ano, e eu irei dar a você um filho”.

No prazo estabelecido, o rei retornou a Kurukshetra, e novamente encontrou-se com Urvasi. Ela deu a ele o primeiro filho, cujo nome era Ayus. Então ela banhou o filho e pediu para que o rei voltasse dali a um ano, outra vez.

No final do segundo ano, Pururavas novamente se encontoru com Urvasi em Kurukshetra, e Urvasi deu a luz mais um filho para o rei. Banhou a criança, entregou para o rei, e disse que ele voltasse no ano seguinte.

Ano após ano, por cinco anos, o rei foi até Urvasi, e cada vez que a via ela lhe dava um filho. Ele jamais deixou de amá-la, e sempre tinha a esperança de que um dia ela voltaria para ela.

Quando Pururavas viu Urvasi pela quinta vez, ela disse-lhe: “Os Gandharvas estão agradados por você, Pururavas. Eles desejam conceder-lhe uma benção. Diga o que você deseja”.

O rei, então, respondeu. “Meus inimigos estão destruídos; eu tenho amigos, exércitos e riquezas. Há apenas uma coisa que eu não posso obter, é você minha Urvasi. Meu pedido, de bênção, é para permitir que eu viva na mesma região que você, minha amada!”.

Tão logo o rei disse seu desejo, os Gandharvas rodearam-no. Eles trouxeram um vaso de fogo e disseram: “Pegue este fogo, e, de acordo com as instruções dos Vedas, divida-o em três partes. Então mantenha o desejo de estar com Urvasi. Faça a oferenda para os Deuses, e você irá alcançar o que deseja”.

O rei pegou o vaso de fogo, e partiu com ele. Ele foi até a floresta, e então começou a pensar: “Como eu sou tolo! Eu peguei este vaso de fogo com os Gandharvas. Por que eu não peguei Urvasi?” Ele colocou o vaso de fogo no chão e foi para o seu palácio.

No meio da noite ele despertou, e pensou: “Como eu fui tolo, deixando o vaso de fogo na floresta” Depois de tudo, eu recebi um presente dos Gandharvas, que me queriam bem. “Eu voltarei até lá, e trarei o fogo para casa”.

Então ele ergueu-se rapidamente da sua poltrona, e voltou à floresta a procura do caso. Quando ele chegou no local, ela não pode encontrá-lo. Ele tinha sumido. Onde havia deixado o vaso estava uma jovem árvore Aswattha, que tinha crescido junto com uma planta Sami. Assim que ele viu as duas plantas jutas, ele pensou: “Eu irei produzir fogo novamente, esfregando estas duas plantas. Então eu irei adorar o fogo”. Pegou as duas plantas e retornou para o seu palácio.

Ele recitou as silabas dos versos sagrados, e cortou as plantas em forma de lenha, uma polegada para cada silaba dos Mantras. Então ele esfregou as varinhas juntas, tão logo pegaram fogo, surgiu uma fumaça, e logo veio a chama. Tendo feito o fogo, ele dividiu em três partes, e fez as oferendas para os deuses, e fixou a sua mente em reunir-se com Urvasi. Pururavas realizou o sacrifício e alcançou o lugar entre os Gandharvas. E também encontrou Urvasi entre eles. Desde então, Pururavas ficou sempre com Urvasi, sem temer qualquer infortúnio, sendo perfeitamente feliz. Nunca mais Pururavas e Urvasi separaram-se de novo.

o mito de Narciso


Narciso era filho do deus-rio Cephisus e da ninfa Liriope, e era um jovem de extrema beleza. Porém, à despeito da cobiça que despertava nas ninfas e donzelas, Narciso preferia viver só, pois não havia encontrado ninguém que julgasse merecedora do seu amor. E foi justamente este desprezo que devotava às jovens a sua perdição. Pois havia uma bela ninfa, Eco, amante dos bosques e dos montes, companheira favorita de Diana em suas caçadas.Mas Eco tinha um grande defeito: falava demais, e tinha o costume de dar sempre a última palavra em qualquer conversa da qual participava. Um dia Hera, desconfiada - com razão - que seu marido estava divertindo-se com as ninfas, saiu em sua procura. Eco usou sua conversa para entreter a deusa enquanto suas amigas ninfas se escondiam. Hera, percebendo a artimanha da ninfa, condenou-a a não mais poder falar uma só palavra por sua iniciativa, a não ser responder quando interpelada. Assim a ninfa passeava por um bosque quando viu Narciso que perseguia a caça pela montanha. Como era belo o jovem, e como era forte a paixão que a assaltou! Seguiu-lhe os passos e quis dirigir-lhe a palavra, falar o quanto ela o queria... Mas não era possível - era preciso esperar que ele falasse primeiro para então responder-lhe. Distraída pelos seus pensamentos, não percebeu que o jovem dela se aproximara. Tentou se esconder rapidamente, mas Narciso ouviu o barulho e caminhou em sua direção: - Há alguém aqui? - Aqui! - respondeu Eco. - Narciso olhou em volta e não viu ninguém. Queria saber quem estava se escondendo dele, e quemera a dona daquela voz tão bonita. - Vem - gritou. - Vem! - respondeu Eco. - Por que foges de mim? - Por que foges de mim? - Eu não fujo! Vem, vamos nos juntar! - Juntar! - a donzela não podia conter sua felicidade ao correr em direção do amado que fizera tal convite. Narciso, vendo a ninfa que corria em sua direção, gritou: - Afasta-te! Prefiro morrer do que te deixar me possuir! - Me possuir... - disse Eco. Foi terrível o que se passou. Narciso fugiu, e a ninfa, envergonhada, correu para se esconder no recesso dos bosques. Daquele dia em diante, passou a viver nas cavernas e entre os rochedos das montanhas. Evitava o contato com os outros seres, e não se alimentava mais. Com o pesar, seu corpo foi definhando, até que suas carnes desapareceram completamente. Seus ossos se transformaram em rocha. Nada restou além da sua voz. Eco, porém, continua a responder a todos que a chamem, e conserva seu costume de dizer sempre a última palavra. Não foi em vão o sofrimento da ninfa, pois do alto, do Olimpo, Nêmesis vira tudo o que se passou. Como punição, condenou Narciso a um triste fim, que não demorou muito a ocorrer. Havia, não muito longe dali, uma fonte clara, de águas como prata. Os pastores não levavam para lá seu rebanho, nem cabras ou qualquer outro animal a freqüentava. Não era tampouco enfeada por folhas ou por galhos caídos de árvores. Era linda, cercada de uma relvaviçosa, e abrigada do sol por rochedos que a cercavam. Ali chegou um dia Narciso, fatigado da caça, e sentindo muito calor e muita sede. Narciso debruçou sobre a fonte para banhar-se e viu, surpreso,uma bela figura que o olhava de dentro da fonte. "Com certeza é algum espírito das águas que habita esta fonte. E como é belo!", disse, admirando os olhos brilhantes, os cabelos anelados como os de Apolo, o rosto oval e o pescoço de marfim do ser. Apaixonou-se pelo aspecto saudável e pela beleza daquele ser que, de dentro da fonte, retribuía o seu olhar. Não podia mais se conter. Baixou o rosto para beijar o ser, e enfiou os braços na fonte para abraça-lo. Porém, ao contato de seus braços com a água da fonte, o ser sumiu para voltar depois de alguns instantes, tão belo quanto antes. - Porque me desprezas, bela criatura? E por que foges ao meu contato? Meu rosto não deve causar-te repulsa, pois as ninfas me amam, e tu mesmo não me olhas com indiferença. Quando sorrio, também tu sorris, e responde com acenos aos meus acenos. Mas quando estendo os braços, fazes o mesmo para então sumires ao meu contato. Suas lágrimas caíram na água, turvando a imagem. E, ao vê-la partir, Narciso exclamou: - Fica, peço-te, fica! Se não posso tocar-te, deixe-me pelo menos admirar-te. Assim Narciso ficou por dias a admirar sua própria imagem na fonte, esquecido de alimento e de água, seu corpo definhando.... Assim o jovem morreu. As ninfas choraram seu triste destino...No lugar onde faleceu, entretanto, as ninfas encontraram apenas uma flor roxa, rodeada de folhas brancas. E, em memória do jovem Narciso, aquela flor passou a ser conhecida pelo seu nome.

ECO



Um filho e seu pai caminhavam pelas montanhas. De repente, seu filho cai, se machuca e grita: - Ai! Para sua surpresa, escuta uma voz que repete, em algum lugar da montanha: - Ai!

Curioso, pergunta: - quem és? Recebe como resposta: - quem és?

Contrariado, grita: - não te escondas e mostra a cara! e escuta a resposta:

- não te escondas e mostra a cara!

O pai sorriu e lhe disse: - filho, presta atenção. Então ele grita: - és um campeão! A voz responde: és um campeão!

O menino fica surpreso e não entende. Então lhe explica o pai:

- As pessoas chamam a isso "eco", porém é mais que isso. Na realidade, isso é a vida. Ela dá de regresso tudo o que tu dizes ou fazes. Nossa vida é um reflexo de nossas ações. Se queres mais amor no mundo, cria mais amor em teu coração. Se queres mais capacidade em tua equipe, desenvolva sua capacidade. Tua vida não é uma coincidência, e sim uma conseqüência de ti mesmo.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008


O espírito das plantas

O Espírito das plantas vem a mim
Na forma de uma verde donzela que dança

Os seus olhos me enchem de paz, sua dança me enche de encanto

O Espírito das plantas vem à mim

E me abençoa com sua grande paz


Kali Devi
Kali Devi é conhecida como uma encarnação de Parvati. Ela tomou esta forma para destruir o demônio Taktabija, cujo nome significa: “a semente do sangue”. Ninguém podia matar Raktabija, porque ele tinha recebido uma bênção dos Brahmanas que iria reencarnar mil vezes mais forte quantas gotas de sangue lhe fossem tiradas. Resultado disso, é que cada gota de sangue que dele saia brotava do solo como um outro mais poderoso Raktabija. Todos os semideuses foram a te o Senhor Siva pedir ajuda, mas Ele estava muito ocupado em meditação. Então os semideuses imploraram para Parvati por uma ajuda. De imediato, Parvati tomou a forma de Kali Devi. Seus olhos ficaram vermelhos, Sua compleição ficou escura, seus cabelos em desalinho, e Seus dentes apontaram agudos como caninos. Com Seus oito braços armados, Ele entrou montada por sobre um leão no campo de batalhas. Vendo-A, Raktabija tremou de medo. Kali perfurou Raktabija com Sua lança, e então bebeu o sangue do demônio, desta forma, Raksabija não podia se reproduzir do seu próprio sangue. Após beber o sangue de Raktabija, Kali cruzou correndo o campo de batalhas, e matou todos (defensores do demônio) que ousavam cruzar Seu caminho. Ela vestiu uma guirlanda de crânios, membros e tripas das Suas vítimas. Então os semideuses foram até o Senhor Siva e pediram para apaziguar Kali Devi. Para apaziguá-la, Siva jogou-Se sob os pés dela. Isso acalmou a Deusa, e a Sua forma feroz mudou para Gouri (compleição branca).


O CORVO E O VASO

Um corvo estava morrendo de sede.

Viu um vaso que tinha tão pouca água que o bico não alcançava.

Tentou derrubar o vaso com as asas mas era muito pesado.

Tentou quebrar com o bico e as garras mas era muito duro.

O corvo, com medo de morrer de sede tão perto da água, teve uma idéia brilhante.

Pegou umas pedrinhas e foi jogando dentro do vaso.

A água subiu e ele pôde beber.

Não há beco sem saída para quem se esforça na lida


Calisto

Calisto, na mitologia grega, teria sido uma bela jovem, que deu origem à constelação da Ursa Maior.

Mito: Calisto provocava ciúme em Hera, pois sua beleza cativara seu marido, Zeus.
Hera então castigou-a transformando-a num urso.
Calisto, no entanto, tentava ao máximo lutar contra seu destino mantendo-se o mais ereta possível,
tentando assim conquistar a piedade dos deuses.
Mas a indiferença de Zeus a fazia crer ser este deus cruel, apesar de nada poder dizer,
pois agora só sabia rugir.

Sua vida agora era de medo.
Tinha medo dos caçadores que rodeavam sua antiga casa, pois tinha sido ela também uma caçadora.
Temia as noites que passava sozinha.
Temia as feras, mesmo que agora ela mesma fosse uma.

Um dia, no entanto, em uma de suas caminhadas pelo bosque,
reconheceu seu filho, Arcas, agora um homem, um caçador.
Calisto, mesmo assim, quis abraçá-lo e, ao aproximar-se,
provocou o medo do filho que lhe ergueu a lança e,
quando estava para deferir o golpe, Zeus, compadecido com o trágico acontecimento que estava por vir,
afastou os dois colocando-os no céu.
Calisto transformou-se na Ursa Maior e Arcas em Arctofilax, a Ursa Menor, o guardião da ursa.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Iara


Há entre os índios a lenda do Jaguarari, índio forte e guerreiro da tribo Tuxaua que apaixonou-se pela Iara. Na tribo não havia ninguém mais forte e de bom coração do que Jaguarari. Todos o admiravam, tanto os homens, quanto as mulheres. Até que um dia, quando Jaguarari saiu em sua igara para pescar avistou uma bela morena nua a se banhar e cantar na margem do rio, na sombra de um Tarumã. Jaguarari ficou paralisado e de pronto se apaixonou.

Desde então, saia para caçar ou pescar, mas sua única intenção era mesmo encontrar a Iara. Voltava tarde da noite da pescaria sempre triste. Nem parecia mais o belo índio de antes de visão. Sua mãe perguntava, o pai aconselhava, mas nada de Jaguarari voltar a ser como era antes.

Até que um dia, de tanto a mãe insistir em saber o motivo de sua tristeza, Jaguarari confessou estar apaixonado pela visão que tivera aos pés do Tarumã. Disse que à noite quando tentava dormir, a única coisa que ouvia era o inebriante canto da Iara.

Ao ouvir a revelação, a mãe desesperou-se! Jogou-se aos pés do filho e pediu-lhe chorando que nunca mais voltasse lá.
Mas a promessa nunca pôde ser cumprida, pois Jaguarari já estava enfeitiçado. Numa noite de luar, ela cantou tão forte que o belo índio levantou-se e correu para a margem do rio. As águas então se abriram e desde então Jaguarari desapareceu


A Ninfa Eco

Segundo Ovídio, Zeus havia usado do dom da fala de Eco para distrair a esposa, a fim de continuar seu adultério.
Hera logo descobriu o ardil e condenou-a a para sempre repetir
apenas as últimas palavras das frases que os outros diziam (ecolalia).
A ninfa perdia assim seu mais precioso dom, aquilo que mais amava.

Eco e Narciso, por Waterhouse Enquanto vagava em seu sofrimento,
noutra parte havia um homem chamado Narciso.
Era ele tão belo que mulheres e homens ao verem-no logo se apaixonavam.
Mas Narciso, que parecia não ter coração, não correspondia a ninguém.

Certo dia, vagando Eco pelos bosques,
encontrou o belo mancebo por quem, clarou, caiu de amores.
Como não podia falar-lhe, limitou-se a segui-lo, sem ser vista.

O jovem, porém, estando perdido no caminho, perguntou:
"Tem alguém aqui?"

Ao que obteve apenas a resposta: "Aqui, aqui, aqui...".

Narciso intimou a quem respondia para sair do esconderijo.
Eco apareceu-lhe e, como não podia falar,
usou as mãos para em gestos dizer do grande amor que lhe devotava.
Narciso, chateado com a quantidade de pessoas a amarem-no, rejeitou também à bela ninfa.

A pobre Eco, tomada de desgosto, rezou para que Afrodite lhe tirasse a vida.
A deusa, entretanto, tanto gostou daquela voz, que deixou-a viver.

Segundo Ovídio narra, um rapaz apaixonou-se depois por Narciso e,
desprezado, orou aos deuses por vingança, sendo atendido por Nêmesis
- a deusa que arruina os orgulhosos -
que decidiu fazer com que o belo moço sofresse daquele mesmo desprezo
com que aos outros tratava: f
ê-lo cair de amores por seu próprio reflexo.
Sem poder jamais ser correspondido pela imagem, morre de desgosto,
indo para o País de Hades, a terra dos criminosos,
onde passa a eternidade atormentado pela visão do próprio reflexo nas águas do rio Estige.

Segundo outras fontes,
Eco era uma ninfa que tinha maravilhosos dons de canto e dança,
que desprezava os amores de qualquer homem.
O deus Pan dela se enamora, mas obtém-lhe apenas o desdém.
Tolhido em sua lascívia, Pan se enfurece, ordenando aos seus seguidores que a matem.
Eco foi então estripada, e seus pedaços espalhados por toda a Terra.

A deusa da Terra, Gaia, incorporou os pedaços da ninfa,
com os restos de sua voz, que repetem as últimas palavras que os outros dizem.

Nalgumas variantes dessa versão, Eco e Pan chegaram a ter um filho, chamado Iambe


Donzela, Mãe e Anciã

Versão: Claudiney Prieto

Amada Caçadora Ártemis, Ártemis
Donzela, venha a nós

Resplandecente Deusa Lunah, Lunah,
Mãe, venha à nós

Transformadora e sábia Hécate, Hécate
Anciã, Venha á nós

Ísis


Conta a lenda que Seth com inveja de Osiris, por este ter herdado o reino do pai na terra, engendrou um plano para matá-lo e assim usurpar o poder. Quando Osiris dormia, Seth tirou suas medidas e ajudado por 72 conspiradores, mandou construir um esquife com as medidas exatas de Osiris.
Organizou um banquete e lançou um desafio, aquele que coubesse no esquife o ganharia de presente. Todos os deuses entraram e não se ajustaram.
Assim que Osiris entrou no esquife, Seth o trancou e mandou jogá-lo no rio, a correnteza o levou até a Fenícia. Ali ficou preso em uma planta até fazer parte do caule, que foi usado para construir uma coluna o "Djed".
Isis partiu em busca do esposo, e após muitas aventuras, conseguiu regressar ao Egito com a caixa, que escondeu em uma plantação de papiro. Seth a descobriu e cortou o corpo de Osiris em quatorze pedaços, que espalhou pelo Egito.
Novamente Isis parte em busca dos despojos do esposo e dessa vez ajudada pela irmã Néftis, transformadas em milhafres (espécie de ave de rapina, semelhante ao abutre), encontram todas as partes de Osiris, exceto o órgão genital, que havia sido devorada por um peixe o Oxirincos.
Isis foi ajudada por Anubis que embalsamou Osiris, e este tornou-se a primeira múmia do Egito. Utilizando seus poderes mágicos, Isis, conseguiu que Osiris a fecundasse e dessa união nasceu Horus.
Seth iniciou uma luta pelo poder que envolveu todos os deuses. Por fim o próprio Osiris a partir do outro mundo, ameaçou mandar levantar todos os mortos se não fosse feita a justiça.
Rá e um tribunal de deuses estabeleceram que a sucessão fosse hereditária, e assim, Hórus pôde reinar.
Dessa maneira o Faraó em vida convertia-se em Hórus e ao morrer identificava-se com Osiris, o soberano do Além, considerando-se igual ao deus.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

JANAÍNA E JACI


Em uma aldeia de Chiricahua, reinava a paz e a harmonia. Ali os índios viviam em perfeita união. Trabalhavam, plantavam, pescavam e tudo para eles era motivo de festa; seguiam a risco às suas leis.

Suas índias quando nasciam já eram prometidas ao filho mais velho de cada chefe de família. E assim, quando cresciam sua sorte já estava traçada e nada poderiam fazer. Cresciam com naturalidade e casavam-se muito cedo, aos 15 anos.

Em uma manhã ensolarada, céu de nuvens muito azuis, nasceu Janaína; Uma linda indiazinha. Para ela seu destino estava traçado, teria que se casar com Ubiraci o filho mais velho do pajé.

Janaína foi crescendo juntamente com um menino de sua idade. Eles eram inseparáveis, sempre juntos a brincar. O nome dele era Jaci, um indiozinho bastante esperto e valente.

Passados alguns anos...

Pela manhã, logo cedinho, Janaína ouviu chamar seu nome:

_ Janaína, Janaína, venha!

Janaína saiu de sua tenda e encontrou Jaci a sua porta, todo alegre e sorridente!

_ O que foi Jaci? Por que toda esta alegria?

_ Venha, Janaína! Quero mostrar-lhe algo!

_ O que é? Diga-me logo?

_ Não, venha, ver! Esperei muito por este momento!

SAÍRAM ENTÃO OS DOIS CORRENDO E FORAM ATÉ ÁS MARGENS DE UM LAGO.


Lá, Janaína muito curiosa, disse:

_ Vamos logo com isto, diga-me por que me trouxe aqui?

Jaci, com os olhos cheios de ternura, a pegou em sua mão, levou-a até uma bela árvore e lá estava, o seu tesouro!

Ali crescia com uma cor magnífica um lindo pé de Manacá!

_ Janaína, aqui está o meu tesouro!

_ Plantei para você e cuidei dela até que ela se tornasse uma árvore, tão formosa como você.

_ Hoje, ela floriu e está toda perfumada!

_ Respira fundo! Sinta o seu perfume!

_ Que linda! Obrigada, Jaci! Por que me fizeste segredo, nunca me contou sobre ela?

_ Porque queria lhe fazer uma surpresa e jurei a mim mesmo que quando ela florescesse, eu abriria meu coração a você.

_ O que você quer dizer com isto, Jaci?

_ Janaína, estamos já nos tornando um homem e uma mulher e todos estes anos, sentia crescer em mim um amor muito grande, um amor infinito. Não a via como uma irmã, eu a via como esta linda flor de manacá em meu coração.

Assustada, Janaína escondeu o seu rosto com suas mãos e começou a chorar. Jaci ficou surpreso, não esperava por esta reação.

_ O que foi Janaína, você não gostou? O que fiz de errado, diga-me, por que choras assim? Eu a magoei?

Janaína entre soluços e com seus olhos encharcados de lágrimas respondeu:

_ Não Jaci, não é isto! Você não me magoou e sim me fez muito feliz. Meu coração também se enche de alegria por você. Não o vejo como meu amigo e sim como o homem que dei o meu coração, mas tudo isto é uma loucura, não podemos, você se esqueceu do Ubiraci que sou sua prometida!

_ Não, não me esqueci! Todos estes anos venho sofrendo, coração torturado, com medo de que você não correspondesse ao meu amor e se casasse com Ubiraci.

_ Como o odeio!

_ Não fale assim Jaci, Ubiraci também não tem culpa. Nossos pais assim o quiseram e são assim as nossas leis.

Jaci então, tomou-a em seus braços e com um longo e apaixonado beijo se uniram. Seus corpos se entrelaçaram e na relva verde e sombria se deitaram.

Quando deram por si, a noite já havia caído e Janaína em desespero pôs-se a correr.

Jaci a seguiu até a aldeia.

Passado-se alguns dias comemorava-se o aniversário de Janaína, os seus 15 anos.

Ubiraci todo garboso esperava por sua prometida. Quantos anos de espera!

A aldeia estava em festa. Os homens dançavam ao redor de uma fogueira, com seus gritos e adornos. As mulheres preparavam a comida.

O pajé rogava aos deuses chuvas de bênção.

Janaína já vestida conforme a tradição encontrava-se com o coração aflito e com seus olhos marejados de lágrimas.

Jaci a contemplava com o coração em pranto. O que fazer? Sua amada estava prestes a casar-se e jamais a teria. " Que loucura meu Deus! Nada se podia fazer! Ela jamais seria minha! Mas de Ubiraci também não seria! Eu Juro!"- pensava Jaci.

O Pajé fez um sinal com a mão. E todos se calaram.

É chegado o momento tão esperado.

Ubiraci postou-se ao lado de seu pai e procurou com os olhos a sua amada.

"Onde estaria ela? Por que não estava no lugar que deveria estar"? Começou então a procura de Janaína. Não encontrou-a em nenhum lugar da aldeia.

Jaci havia desaparecido também. Passaram à noite toda a procura dos dois.

Pelo amanhecer, Ubiraci e seu amigo Tupi encontraram-se nas margens do lado. E qual foi a surpresa e a dor em seu coração. Parecia que um punhal havia-lhe atravessado o peito. Embaixo do pé de Manacá, encontrava-se o corpo do seu amor abraçado ao de Jaci.

_Oh! Meu amigo! Que tristeza! Perdi o meu amor para sempre!

Janaína, Jaci e seu Manacá estavam paralisados. Seus corpos estavam sem vida, como também aquela bela árvore. Haviam virado estátuas.

Tupi muito assustado com o que via disse:

_ Ubiraci, o que está acontecendo?

Ubiraci com lágrimas nos olhos e engasgado pela emoção, não pode responder.

E lá, bem no alto, no meio das nuvens, num céu muito azul, dois anjos felizes volavam, volavam e estavam tão enamorados que não perceberam que estavam voando e que haviam virado serafins. Eram Janaína e Jaci.

As fadas Cairé(lua cheia)e Catiti(lua nova), as deusas indígenas do amor, com suas varinhas mágicas, transformaram os seus corpos em estátuas e suas almas em anjos, tudo em nome do amor, para que eles pudessem vivê-lo em paz.

Assim Janaína e Jaci foram felizes e de uma lágrima que caiu dos olhos de Janaína, nasceu um outro lindo pé de Manacá!

A Vitótia Régia



Conta a lenda que uma bela índia chamada Naiá apaixonou-se por Jaci (a Lua), que brilhava no céu a iluminar as noites. Nos contos dos pajés e caciques, Jaci de quando em quando descia à Terra para buscar alguma virgem e transformá-la em estrela do céu para lhe fazer companhia. Naiá, ouvindo aquilo, quis também virar estrela para brilhar ao lado de Jaci.

Durante o dia, bravos guerreiros tentavam cortejar Naiá, mas era tudo em vão, pois ela recusava todos os convites de casamento. E mal podia esperar a noite chegar quando saia para admirar Jaci, que parecia ignorar a pobre Naiá. Esperava sua subida e descida no horizonte e já quase de manhãzinha saia correndo em sentido oposto ao Sol para tentar alcançar a Lua. Corria e corria até cair de cansaço no meio da mata. Noite após noite, a tentativa de Naiá se repetia. Até que adoeceu. De tanto ser ignorada por Jaci, a moça começou a definhar.
Mesmo doente, não havia uma noite que não fugisse para ir em busca da Lua. Numa dessas vezes, a índia caiu cansada à beira de um igarapé. Quando acordou, teve um susto e quase não acreditou: o reflexo da Lua nas águas claras do igarapé a fizeram exultar de felicidade! Finalmente estava ali, bem próxima de suas mãos. Naiá não teve dúvidas: mergulhou nas águas profundas, mas acabou se afogando.

Jaci, vendo o sacrifício da índia, resolveu transformá-la numa estrela incomum. O destino de Naiá não estava no céu, mas nas águas a refletir o clarão do luar. Naiá virou a Vitória Régia, a grande flor amazônica de águas calmas que só abre suas pétalas ao luar.

A Rainha das Amazonas



Enquanto seu navio corta as águas, Héracles apoia-se em sua clava e pensa no trabalho que tem diante de si: levar a Micenas o magnífico cinturão de Hipólita, rainha das amazonas.

Héracles não conhece o medo. Mas, apesar de já ter combatido inúmeros monstros e enfrentado muitos perigos, preocupa-o tudo o que ouviu dizer das amazonas.

Guerreiras valentes, elas usam elmo e couraça, cavalgam com notável habilidade e são temidas no manejo do arco. Além disso, têm aos homens tanto ódio que não hesitam em mutilar ou matar os próprios filhos se estes forem do sexo masculino. Fala-se também (mas disso ninguém tem certeza, pois são poucos os que as viram e sobreviveram para contar a história) que elas amputam o seio direito, para poder usar o arco com mais facilidade.

Chegando à foz do rio que banha o país das amazonas, o herói decide permanecer no primeiro porto que avista. No minuto exato em que o navio atraca, aparece sobre as colinas vizinhas uma tropa de cavalaria impressionante, toda engalanada.

Armadas até os dentes, cabelos ao vento, as amazonas descem ao porto. Héracles dirige-se à horda de guerreiras, entre as quais logo identifica Hipólita em seu esplêndido traje de combate, a rainha é facilmente reconhecível. Na cintura, ela leva o magnífico cinturão que Ares, o deus da guerra, deu-lhe de presente.

Hipólita também reparou em Héracles. Seduzida pela enorme estatura e pela possante musculatura do herói, a rainha acalma o ardor combativo de suas guerreiras e dispõe-se a falar tranqüilamente com ele. Héracles convida-a a descansar um pouco em seu barco.

A rainha aceita e, na coberta do navio, começa a conversar longamente com Héracles e a contemplá-lo com olhos cheios de amor. Como prova dessa afeição nascente, tira o cinturão e oferece-o ao semideus, o primeiro homem a inspirar-lhe ternura. Héracles recebe com alegria o presente, feliz por ter cumprido sem nenhum combate essa tarefa.

Mas tal harmonia desagrada a Hera, que, já sabemos, detesta Héracles. A deusa assume a aparência de uma amazona e, esgueirando-se entre as fileiras do exército de mulheres, começa a espalhar o calunioso boato de que os estrangeiros querem raptar a rainha Hipólita. Loucas de raiva, as amazonas vestem as couraças, pegam as armas, montam nos cavalos e, vociferando, vão para o porto, onde atacam as sentinelas de Héracles.

Surpreendido pelos gritos, o herói sai da cabine. Diante de seus olhos, trava-se entre seus homens e as terríveis amazonas um combate feroz.

Certo de que foi traído, Héracles mata Hipólita e entra na luta. Fazendo girar sua maça, abre caminho entre as inimigas. No calor do combate, o semideus da pele de leão enfrenta tudo, esquiva-se das flechas e revida todos os golpes.

As bravas guerreiras compreendem que não estão enfrentando um adversário comum. Muitas já estão caídas na poeira, e o resto do exército encontra-se na maior confusão. Algumas ficam com medo. Até aquele momento, julgavam-se invencíveis, mas Héracles mostra-lhes que a coisa é bem diferente. Em pânico, fogem a galope. Então, Héracles ordena a partida do navio.

Algum tempo depois, chega a Micenas e dá o cinturão a Euristeu, que se apressa a mandar colocá-lo como enfeite no templo de Hera. Ainda insatisfeito com essa façanha prodigiosa, o covarde soberano obriga Héracles a buscar o maravilhoso rebanho de bois do gigante Gerião, tido como o homem mais forte do mundo. Apesar de suas três cabeças, seis braços e três corpos reunidos numa só cintura, o monstro não consegue dominar o herói e acaba perdendo o gado. Parte em perseguição a Héracles ao longo da costa da África do Norte, mas o herói passa à Europa e, para impossibilitar que Gerião o siga, separa os dois continentes. Afastando rochedos, Héracles abre o mar Mediterrâneo no lugar que hoje chamamos estreito de Gibraltar e que os antigos denominavam Colunas de Hércules.

Em seguida, enviado em busca das maçãs de ouro do jardim das Hespérides, Héracles as traz a Euristeu.

Só resta um trabalho por cumprir – o mais difícil! Tem de descer aos infernos e capturar Cérbero, o horrível cão de três cabeças que guarda esses sinistros lugares. Ao final de um combate em que recebe várias dentadas, Héracles doma o animal e leva-o a Euristeu. Aterrorizado com a aparência do monstro, o rei esconde-se dentro de um jarro, tremendo todo.

Dessa maneira, tendo cumprido seus doze trabalhos, Héracles vê-se enfim livre para partir pelo mundo, pondo a serviço da justiça sua força e sua coragem.

Lua Mãe Lua


Lua, Mãe Lua, Alta lá no céu.
Conta teus segredos
Tira o teu véu

Lua, Mãe Lua, Prata Radiante,
Sussurra para mim
Venha neste instante.


A Lenda do Monge e do Escorpião

"Monge e discípulos iam por um estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas.

O monge correu pela margem do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora, o bichinho o picou e, devido a dor, o homem deixou-o cair novamente no rio. Foi então à margem tomou um ramo de árvore, adiantou-se outra vez a correr pela margem, entrou no rio, colheu o escorpião e o salvou.

Voltou o monge e juntou-se aos discípulos na estrada.

Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados.

- Mestre deve estar doendo muito! Porque foi salvar esse bicho ruim e venenoso? que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda! Picou a mão que o salvara! Não merecia sua compaixão!

O monge ouviu tranqüilamente os comentários e respondeu:

- "Ele agiu conforme sua natureza, e eu de acordo com a minha."

Parvati



Parvati é uma divindade largamente idolatrada pelos hindus. É conhecida como cônjuge de ShivaGanesha. Por este motivo, aqui explicamos seu aparecimento e sua interação com eles. e mãe de

Parvati é uma das formas da deusa Shakti, especialmente criada para seduzir Shiva.

Veja abaixo a história detalhada da criação de Parvati, desde o momento em que Shiva perdeu seu primeiro amor:

Profundamente triste com a morte do primeiro amor de Shiva (Sati), ele se isolou em uma caverna escura no Himalaia.

Enquanto isso, os demônios liderados por Taraka, vieram e expulsaram os deuses para fora do paraíso. Os deuses precisavam de um guerreiro que pudesse ajudá-los a restaurar a ordem celestial.

"Apenas Shiva pode lutar como um guerreiro" disse Brahma.

Mas Shiva, imerso na meditação, estava alheio aos problemas dos deuses. Sua meditação produziu grande força e energia. Sua mente estava cheia de bons conhecimentos e seu corpo tornou-se resplandecente de energia. Mas todo seu conhecimento e energia, dentro de seu ser, não podia ser usado para ninguém.

Os deuses invocaram à deusa mãe, Shakti, para que encontrasse uma forma de contornar a situação.

"Eu vou me enroscar ao redor de Shiva, e absorver seu conhecimento e energia para o bem do mundo e farei dele o pai de uma criança." disse Shakti.

Shakti então encarnou como Parvati, determinada a retirar Shiva de dentro de sua caverna e fazer dele seu cônjuge.

Todos os dias Parvati visitou a caverna de Shiva, limpou o chão, decorou-a com flores e ofereceu a ele frutas, esperando ganhar dele o amor.

Mas Shiva nunca abriu seus olhos. Exausta, a deusa invocou Priti e Rati, deusas do amor e da longevidade.

Essas deusas entraram na caverna de Shiva e a transformaram em um belo jardim cheio da fragrância de flores e com o som de abelhas.

Guiada por Priti e Rati, Kama, o deus do desejo, assoprou e atirou flexas de desejo no coração de Shiva.

Shiva ficou furoso. Ele abriu seu terceiro olho e liberou chamas de fúria que engoliram Kama e reduziram seu belo corpo a cinzas.

A morte de Kama alarmou os deuses. "Sem a deusa do desejo, o homem não poderá abraçar a mulher e a vida cessará."

"Eu devo encontrar outra forma de atingir o coração de Shiva. Quando Shiva se tornar meu cônjuge, Kama renascerá." disse Parvati.

Parvati entrou na floresta e executou rigorosos tapas, não se vestindo para proteger seu corpo do clima rigoroso, não comendo nada, nem mesmo uma folha. Ao executar esses rigorosos procedimentos, Parvati ganhou a admiração das entidades da floresta, que a nomearam Aparna.

Aparna tocou Shiva em sua capacidade de se excluir do mundo e dominar seus desejos físicos. A força de seus tapas acordaram Shiva de sua meditação. Ele caminhou para fora da caverna e aceitou Parvati como sua esposa.

Shiva casou-se com Parvati na presença dos deuses, seguindo os rituais sagrados. Depois, levou-a para o local mais alto do cosmos, o monte Kailasa, o pivô do universo. Eles então se tornaram um e Kama pôde renascer.

Parvati amoleceu o coração empedrado de Shiva com seu afeto. Juntos eles descobriram as alegrias da vida de casados. A deusa acordou Shiva para o mundo, despertando nele vários desejos. Em troca, ele revelou a ela os segredos dos Tantras e dos Vedas, que ele havia adquirido durante a meditação.

Inspirado na beleza de Parvati, Shiva tornou-se o fomentador das artes, da dança e do teatro.

Conforme o combinado com os deuses, Parvati deu a aura de Shiva para eles e disse: "Daqui vocês vão poder retirar o deus da guerra que vocês procuram."

Os deuses deram a aura de Shiva para Svaha, cônjuge de Agni, a deusa do fogo. Incapaz de conservar a força da aura por muito tempo, Svaha deu a aura para Ganga, a deusa do rio, que refrigerou-a em suas águas congelantes, até que a aura de Shiva se transformasse em uma semente.

Aranyani, a deusa da floresta, embebeu a semente divina no solo fértil da floresta, que cresceu e se transformou em uma criança robusta com seis cabeças e doze braços.

As seis ninfas da floresta, chamadas Krittikas, encontraram esta bela criança em uma lotus. Tomadas de afeição materna, começaram a cuidar da criança. O filho de seis cabeças de Shiva, nascido de várias mães, tornou-se conhecido como Kartikeya.

Parvati ensinou a Kartikeya a arte da guerra e transformou-o em um guerreiro celestial chamado Skanda. Skanda comandou os soldados celestiais, derrotou Taraka na batalha e restaurou o paraíso aos deuses.

Skanda, guardiã do paraíso, destruiu muitos demônios que se opuseram ao reinado dos deuses. Mas ele não conseguiu derrotar o demônio Raktabija. Jamais o sangue deste demônio tocou o chão, pois quando ele jorrava, tranformava-se em milhares de novos demônios. Ele parecia indestrutível.

Para ajudar seu filho em sua batalha para afugentar os três mundos do demônio, Parvati entrou no campo cósmico da batalha como a temida deusa Kali.

Kali sugou o sangue que jorrava do demônio com sua longa língua antes que o sangue pudesse se transformar em novos demônios. Raktabija, sem poder se reproduzir, foi perdendo sua força. Então Skanda foi capaz de derrotar Rajtabija e todas as duas replicações com facilidade.

Skanda agradeceu sua mãe por sua ajuda. Para celebrar sua vitória, Kali dançou muito no campo de batalha.

Intoxicada pelo sangue de Raktabija, Kali correu pelos três mundos, destruindo tudo e todos os que estavam em seu caminho.

Para acalmá-la, Shiva tomou a forma de um cadáver e bloqueou seu caminho. Como deusa, cega pelo sangue, ver o corpo de seu cônjuge sem vida foi um choque que tirou-a do êxtase. Ela caiu em si e quis saber se havia matado seu próprio marido. Ela pôs um pé em Shiva e o trouxe de volta à vida.

Shiva então tomou a forma de uma pequena criança e começou a chorar, trazendo o amor maternal para o coração de Kali. Isso forçou-a a mudar para sua próxima forma: Gauri, a mãe radiante, provedora da vida.

Gauri disse a Shiva que desejava ter uma criança. Mas Shiva não estava interessado em uma família. Ele se afastou dela e foi à floresta fazer tapas.

Determinada a ser uma mãe, Parvati decidiu criar um filho dela própria sem a ajuda de seu marido. Ela cobriu sua face com pasta de sândalo, retirou a pele morta, misturou-a e moldou-a em uma bela boneca, para a qual ela assoprou a vida.

Então ela ordenou ao seu filho recém criado, cujo nome é Ganesha, que vigiasse sua caverna e dela afastasse todos os estranhos.

Quando Shiva retornou para Kailas, Ganesha não o reconheceu e o impediu de entrar na caverna.

Irritado pela insolência da criança, Shiva pegou seu tridente e cortou sua cabeça.

Quanto Parvati viu o corpo de seu filho sem cabeça, ela chorou copiosamente. Para acalmar Parvati, Shiva ressucitou a criança, colocando uma cabeça de elefante no pescoço cortado. ShivaGanesha como o primeiro de seus filhos. também aceitou

Ganesha, que impediu Shiva de atravessar a porta de da caverna de sua mãe, tornou-se adorado como o removedor de obstáculos, o senhor dos inícios e o senhor do aprendizado.

Com Parvati de seu lado, Shiva tornou-se um homem de família. Mas ele não abandonou sua forma de heremita: ele continou a meditar e imergir em sonhos. Sua falta de cuidado, sua recusa de responsabilidades algumas vezes irritou Parvati. Mas então ela voltava a si, conformava-se com os caminhos não convencionais de seu marido e restaurava a paz. A conseqüente paz matrimonial entre Parvati e Shiva assegurou a harmonia entre matéria e espírito e trouxe estabilidade e paz para o cosmos.

Parvati também se tornou Ambika, deusa da segurança de casa, do matrimônio, da maternidade e da família.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008


Eu sou a Deusa

Inspirado na invocação do Goddess Grace

Eu sou a Deusa dos dez mil nomes
E infinitas possibilidades

Todos os poderes Dela são meus
Todos os poderes Dela estão em mim

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

O canto dos Bruxos


Noite escura e Lua clara

Atendam à runa das bruxas

Leste e Sul, Oeste e Norte

Ouçam! Venham! Eu vos Chamo!

Por todos os poderes da terra e do mar

Sejam obedientes a mim

Bastão e Pentáculo e Espada

Atendam às minhas palavras

Cordas e incenso, Açoite e faca

Despertem todos para a vida

Poderes da lâmina dos bruxos

Atendam ao chamado realizado

Rainha do paraíso, Rainha do inferno

Enviem o seu auxilio ao feitiço

Caçador Cornudo da noite

Realizem o meu desejo pela força do ritual mágico

Por todos os poderes da terra e do mar

Enquanto assim digo, “que assim seja”.

Por todo o poder a lua e do sol

Que o meu desejo assim seja realizado.